lunes, 29 de junio de 2009

Mientras los argentinos esperaban un acto democrático, Honduras c

enviar por email rectificar Comentar 49 comentarios
Valoración:
Gracias por votar
El golpe de Estado en Honduras se cobra los primeros heridos
Disminuir tamaño del textoAumentar tamaño del texto

MICHELETTI: «Quien se salte la Constitución en Honduras correrá la misma suerte»
Micheletti, el legislador y transportista que ahora maneja Honduras
Manuel Zelaya, un terrateniente convertido al populismo
Zelaya: «Vivo por gracia de Dios»
Honduras, regreso al pasado
Chávez, Ortega y Correa llaman a los hondureños a rebelarse contra los golpistas
Tranquilidad en Honduras tras el toque de queda
MANUEL M. CASCANTE |
ENVIADO ESPECIAL TEGUCIGALPA
Actualizado Martes, 30-06-09 a las 02:24
Las protestas contra el golpe de Estado que acabó este domingo con la presidencia de Manuel Zelaya en Honduras subieron ayer en número y en intensidad. Decenas de personas resultaron heridas por pelotas de goma ante las puertas de la Casa Presidencial. Hay también un número indeterminado de detenidos; entre ellos, algunos periodistas.Un trabajador de Hondutel, la empresa estatal de comunicaciones, fue arrollado por un vehículo militar cuando las instalaciones fueron allanadas por elementos del ejército. Aunque algunos portavoces próximos al depuesto presidente Zelaya anunciaron su muerte, fuentes del hospital desmintieron este supuesto.Ciento de estudiantes, sindicalistas y militantes de izquierda se manifestaron durante todo el día ante la Casa Presidencial, quemando neumáticos y lanzando objetos a los militares.
La llegada al recinto del nuevo mandatario interino, Roberto Micheletti, motivó que las fuerzas del orden emplearan material antidisturbios para dispersar a las personas que bloqueaban los accesos.
A esta hora, poco antes de que se imponga de nuevo el toque de queda, en las inmediaciones de la Casa Presidencial sólo quedan soldados, a resguardo de un fuerte aguacero que comenzó a descargar minutos antes.
Micheletti está reunido con los Jefes de Estado Mayor, el Presidente del Congreso y las autoridades judiciales para estudiar una probable ampliación del Estado de sitio en todo el país. Fuera de la capital, donde la vida ciudadana transcurrió con relativa tranquilidad, se registraron algunos cortes de carreteras.

sábado, 13 de junio de 2009

As Senhoras do Pássaros da Noite




"Quando se pronuncia o nome de Yiá Mi Oxorongá, quem estiver sentado deve-se levantar, quem estiver de pé fará uma reverência, pois se trata de temível Orixá, a quem se deve apreço e acatamento..."
( Jorge Amado )

Origem e história

Iyá Mi Osorongá ( Ìyá Mi Osorongà ) é a síntese do poder feminino, claramente manifesto na possibilidade de gerar filhos e, numa noção mais ampla, de povoar o mundo. Quando os iorubás dizem "nossas mães queridas" para se referirem às Iyá Mi, tentam, na verdade, apaziguar os poderes terríveis dessa entidade.
Donas de um axé tão poderoso quanto o de qualquer orixá, as Iyá Mi tiveram seu culto difundido por sociedades secretas de mulheres e são as grandes homenageadas do famoso festival Gèlèdè, na Nigéria, realizado entre os meses de março e maio, que antecedem o início das chuvas do país, remetendo imediatamente para um culto relacionado à fertilidade.
Poder procriador, tornaram-se conhecidas como as senhoras dos pássaros e sua fama de grandes feiticeiras as associou à escuridão da noite; por isso também são chamadas de Eleyé e as corujas são seus maiores símbolos.
A sua relação mais evidente é com o poder genital feminino, que é o aspecto que mais aproxima a mulher da natureza, ou seja, dos acontecimentos que fogem à explicação e ao controle humano. Toda mulher é poderosa porque guarda um pouco da essência das Iyá Mi; a capacidade de gerar filhos, expressa nos órgãos genitais femininos, sempre assustou os homens e as cantigas entoadas durante o festival Gèlèdè fazem alusão a esse terrível poder -- que não pertence apenas às Iyá Mi, mas a qualquer mulher.
Mãe destruidora, hoje te glorifico:
O velho pássaro não se aqueceu no fogo.
O velho pássaro doente não se aqueceu ao sol.
Algo secreto foi escondido na casa da Mãe ...
Honras à minha Mãe!
Mãe cuja vagina atemoriza a todos.
Mãe cujos pêlos púbicos se enroscam em nós.
Mãe que arma uma cilada, arma uma cilada.
Mãe que tem potes de comida em casa.
As mães são compreendidas como a origem da humanidade e seu grande poder reside na decisão que tomar sobre a vida de seus filhos. É a mãe que decide se o filho deve ou não nascer e, quando ele nascer, ainda decide se ele deve viver. A mulher, especialmente nas sociedades antigas, tinha inúmeros recursos para interromper uma gravidez. E, até os primeiros anos de vida, uma criança depende totalmente de sua mãe; se faltarem seus cuidados a criança não vinga. Em síntese, todo ser humano deve a vida a uma mulher. Se todas as mulheres juntas decidisses não mais engravidar, a humanidade estaria fadada a desaparecer. Esse é o poder de Iyá Mi: mostrar que todas as mulheres juntas decidem sobre o destino dos homens.
Mãe todo-poderosa, mãe do pássaro da noite.
Grande mãe com quem não ousamos coabitar
Grande mãe cujo corpo não ousamos olhar
Mãe de belezas secretas
Mãe que esvazia a taça
Que fala grosso como homem,
Grande, muito grande, no topo da árvore iroko,
Mãe que sobe alto e olha para a terra
Mãe que mata o marido mas dele tem pena.
Iyá Mi é a sacralização da figura materna, por isso seu culto é envolvido por tantos tabus. Seu grande poder se deve ao fato de guardar o segredo da criação. Tudo que é redondo remete ao ventre e, por conseqüência, as Iyá Mi. O poder das grandes mães é expresso entre os orixás por Oxum, Iemanjá e Nanã Buruku, mas o poder de Iyá Mi é manifesto em toda mulher, que, não por acaso, em quase todas as culturas, é considerada tabu.
As denominações de Iyá Mi expressam suas características terríveis e mais perigosas e por essa razão seus nomes nunca devem ser pronunciados; mas quando se disser um de seus nomes, todos devem fazer reverencias especiais para aplacar a ira das Grandes Mães e, principalmente, para afugentar a morte.
As feiticeiras mais temidas entre os iorubás e nos candomblés do Brasil são as Àjé e, para referir-se à elas sem correr nenhum risco, diga apenas Eleyé, Dona do Pássaro. O aspecto mais aterrador das Iyá Mi e o seu principal nome , com o qual tornou-se conhecida nos terreiros, é Oxorongá, uma bruxa terrível que se transforma no pássaro de mesmo nome e rompe a escuridão da noite com seu grito assustador.
As Yiá Mi são as senhoras da vida, mas o corolário fundamental da vida é a morte. Quando devidamente cultuadas, manifestam-se apenas em seu aspecto benfazejo, são o grande ventre que povoa o mundo. Não podem, porém, ser esquecidas; nesse caso lançam todo tipo de maldição e tornam-se senhoras da morte.
O lado bom de Iyá Mi é expresso em divindades de grande fundamento, como Apaoká, a dona da jaqueira, a verdadeira mãe de Oxóssi Dizem que o deus caçador encontrou mel aos pés da jaqueira e em torno dessa árvore formou-se a cidade de Kêtu.
Os assentamentos de Iyá Mi ficam junto a grandes árvores como a jaqueira e geralmente são enterrados, mostrando a sua relação com os ancestrais, sendo também uma nítida representação do ventre. As Iyá Mi, juntamente com Exú e os ancestrais, são evocadas nos ritos de Ipadé, um complexo ritual que , entre outras coisas, ratifica a grande realidade do poder feminino na hierarquia do Candomblé, denotando que as grandes mães é que detém os segredos do culto, pois um dia, quando deixarem a vida, integrarão o corpo das Iyá Mi, que são, na verdade, as mulheres ancestrais.

[ Candomblé - A panela do segredo - Pai Cido de Òsun Eyin ]


“¿MUERE EL BATUQUE?”


Muchas veces nos preguntamos porqué nuestra religión no puede conllevarse con fidelidad tradicional, o no se puede tener una literatura auténtica y única para poder continuar esclareciendo los misterios que en parte, aún, se mantienen dentro del culto. Ancestralmente ningún sacerdote revelaba esos enigmas al común de su tribu. Esas reservas se conocieron a través de la historia oral gracias a quienes la acunaron celosamente en su memoria a través de los tiempos. Desde el principio de la vida el hombre sintió la necesidad de tener un poder de comunicación con los elementos de la naturaleza. Sentir que sus actos estaban aprobados o castigados por esos dioses que idealizaron. El hombre africano aprendió a utilizar con el tiempo esas energías, a comunicarse, agradar a esos elementos para revertir situaciones penosas. Adoptaron una conducta de vida la cual no se logra comprender porque se la determina como primitiva. En Brasil con la llegada del esclavo a esas tierras, la religión tiene más de 450 años. El negro hace su aparición en Río Gde. Do sul en 1725, en una expedición organizada por Juan de Magallanes donde estos esclavos hacían el servicio pesado (Krebs- Estudo do Batuque) . Las primeras colonias portuguesas llegaron a la costa occidental africana por el año 1469 cuando Fernao Gomez pisó este territorio en busca de oro, cobre, hierro y especies, y, al observar los abundantes yacimientos del metal precioso, comenzaron a llegar más embarcaciones portuguesas. Hacia 1488 comenzó el mercado de esclavos procedentes de distintas etnias: Ciudad de Benin, Costa de Oro. Costa de Esclavos, Congo, Angola, interior de África oriental y central. Una vez capturados eran enviados en grandes embarcaciones a distintos puertos para ser vendidos y luego diseminados. Aproximadamente hacia el año 1500 comenzó la transculturación, una transformación de las culturas africanas ya que, debido al desarraigo, estos esclavos no solo debieron cambiar sus costumbres, su etnia, su lenguaje, sino el culto a sus Orixás. Debieron modificar formas y feituras de ritual. Organizar nuevos modos y fundamentos para continuar la vinculación con sus Deidades. Mucho se perdió en esa travesía donde determinados Orixás han desaparecido, a otros ya no se los venera, y algunos apenas conocidos fueron ganando su espacio dentro del culto. Sabemos que durante este proceso esclavista la evangelización ayudó -literalmente- al negro a proteger a sus dioses. Aquí se pone de manifiesto el origen del sincretismo. Los diversos pueblos instalados en Brasil debieron agruparse para poder comunicarse ya que los esclavos de una misma tribu eran separados por los amos para eludir la concomitancia y de ese modo evitar posibles revueltas a los blancos. También aprendieron a comunicarse, cultuando, quizá, a los mismos dioses pero con diferentes elementos y conceptos. En Argentina los afro americanos hicieron su aporte lingüístico y cultural. Tuvieron un rol fundamental dentro de la historia de nuestro pueblo por su asombrosa valentía y espíritu guerrero. Muchos nombres de esclavos libertos figuran en las filas de San Martín, Belgrano, Urquiza y Alvear; en las huestes de Mansilla en la Vuelta de Obligado, Rosas, Roca y Alsina (Conquista al Desierto), Mitre en la Guerra contra el Paraguay, durante las Invasiones Inglesas y la Batalla de Caseros. El 30 de noviembre de 1821 un reglamento policial permitió el establecimiento de sociedades de negros que, mediante este permiso oficial, se fueron agrupando por nacionalidades y se instalaron en el sur de la ciudad (hoy calles Independencia, Chile y México). Cohabitaban las sociedades Cubunda (1823) Benguela, Mores, Mina (1825), Rubolo (1826), Angola, Congo (1827), incluidas las Cabundas, Quisamà, Hombé, Bamba, etc. Estas sociedades y cofradías negras durante la época del carnaval daban un exótico colorido y alegría con su música y murgas. El 1 de febrero de 1822 un decreto, les prohibió danzar en las calles porteñas, esto obligó a los negros a bailar en los quilombos a donde concurrían además, el Gobernador Juan Manuel de Rosas y su hija Manuelita que eran tan venerados por éstos. Tal adoración hizo que se formaran servicios de espionaje y que esto llegara a rebelar a los negros contra sus amos y así muchos señores y damas de la sociedad, fueron acusados de unitarios y pasaron por la mazorca federal. Agrego esta referencia histórica para reflexionar sobre cómo los esclavos pudieron y debieron organizarse, adaptarse a cambios y actitudes adversas en sus vidas sin perder su identidad, sus idiosincrasias a pesar de la transculturación (fusión de ideas, costumbres y cultura de un pueblo con otro que se adaptan para permanecer). Cómo el desarraigo les dio fuerzas a algunos para sobrevivir y a otros para morir en su nombre y causa. Estas actitudes merecen nuestra reflexión porque también debemos “permanecer” en dónde “pertenecemos” y “preservar” nuestra identidad religiosa y cultural.
Vemos con el paso del tiempo, que, aquellos sacerdotes que venimos de una tradición afro americana y que deseamos mantener el carácter religioso de nuestros ancestros, estamos expuestos a diario al atropello y a la falta tolerancia de algunos miembros de la sociedad como también de ministros de otros cultos modernos que necesitan avasallarnos para lograr adeptos con el fin de exterminar una religión que es tan antigua, quizá, como la vida misma. Pues la Religión Africana Tradicional cuenta con más de 3000 años, las religiones afroamericanas desde hace poco más de 4 siglos y medio y la Umbanda desde 1908. Esta última es una fusión entre el catolicismo, africanismo, amerindio y kardecista. Un texto de la C.O.N.D.U. (Consejo Nacional Deliberativo de la Umbanda) con fecha de 7 de agoto de 1977, en el marco de un Congreso organizado por el Centro Espiritista Caminadores de la Verdad en Río de Janeiro, y publicado en el periódico “Gira de Umbanda” expresa lo siguiente:“...Entretanto, debemos considerar que la Umbanda surgió baja la amalgama de las creencias negras y nativas con el cristianismo”. Hoy la Iglesia Universal, los cultos evangelistas nos califican como seres endemoniados, seres atraídos por las chanzas de un Satanás tan burdo y obsoleto que se mantiene ocupado en organizar ejércitos en contra de Dios. Actualmente el moderno culto de la Iglesia Universal, lleva a cabo una afrenta en oposición de las religiones africanas, no solo en nuestro país, sino en el mundo. La forma en que sus ministros y adeptos se constituyen en las bancadas políticas para promulgar leyes en rechazo de nuestros rituales. ¿Será que tendrán que gobernar los inquisidores? No creo que esto asuste a nuestro supuesto aliado: Satanás... ¿Quien es más diabólico? . Me pregunto, si en verdad éstos ministros están tan libres de culpas y demonios. ¿Cuántas mentiras y barbaridades divulgan a su favor y en contra nuestro?. ¿Cuánto dinero recaudan de los diezmos, del estado, de las ventas de artículos sagrados y las donaciones que reciben para sostenerse? En Argentina nos vemos impedidos, muchas veces, en mantener nuestra tradición, la esencia misma de nuestra organización, por la intolerancia de estos sectores de sociedad. No nos reconocen como una religión y no nos dan las mismas posibilidades que a otros credos, a pesar de que la Religión Africana Tradicional fue reconocida por el Concilio Vaticano de 1994, además de tener reconocimiento legal en la Secretaría de Culto y que en nuestro país existe la libertad de creencias religiosas. Creo que estamos cansados de pregonar que no encabezamos una secta. Somos una religión Monoteísta, portadores de una gran bandera, la exaltación de la vida y el misterio de nuestro Creador, ese Dios único (Dios, Olódùmarè, Jehová, Olofi, Ra, Mulukú, Nge, Ndriyananahari etc.) es intangible y soberano. No le rendimos culto porque consideramos que al ser tan grande es inaccesible a las cuestiones terrenales, delegando esa responsabilidad a los Orixás. Somos millones de africanistas y umbandistas diseminados por el mundo tratando de que se comprendan nuestros preceptos. Que rendimos culto a Orixás: “Fuerzas de la naturaleza o energética (creadas por Olódùmarè) desprovistas de un cuerpo material, cuya manifestación es exteriorizada por medio de la ocupación del Orixá al hijo...” Estos pertenecen a una religión africanista pura, a quienes cultuamos y veneramos por ser creación del mismo Olódùmarè (Dios) y que son la fuente misma de potencia. Aprendemos a conocerlos, a agradarlos, y así, se crea una simbiosis, una transmutación de energías que dan por resultado eso que mucho se puede creer o pensar como “milagro”. No somos milagreros, chamanes ni curanderos, o fastidiosos oradores enviados del cielo. Simplemente somos mortales mediadores entre la naturaleza y el hombre que lo necesita. Esa energía o magnetismo positivo que fluye del Orúm a nuestro Orí, dando una fuerza, un axé no común al resto de la gente. Mi concepto es que se ha mixturado mucho las formas de ritual. Una faceta negativa, a su vez, es que la innovación de algunos inconscientes e inadaptados han ayudado a quebrar la fe de la popularidad. Pseudo Sacerdotes han dado axés sin tenerlos, han abierto casas de culto sin tener su jefatura o sacerdocio cumplido o bajo las condiciones requeridas en nuestra ley. Inculcan miedos en vez de respeto y celebración... Muchos pares no entienden de sacrificios y la sorna abunda cuando se siguen puntualmente los pasos para realizar una ofrenda, Ebô, Aressum, obligaciones, etc. Estos factores son una interposición en nuestra senda para lograr buenos reconocimientos y permanencia como religiosos. Hay un factor substancial que es el económico y que en nuestro país, con los acontecimientos pasados, hoy, sufrimos mayores dificultades para efectuar un ritual. No olvidemos, que además, llevar a cabo una ceremonia de Nación es muy costoso y las posibilidades cada vez son mínimas. Encontramos aquí, como en Brasil y Uruguay, que muchas casas no practican la Nación pura sino que cohabitan con la Umbanda y la Quimbanda, ejecutando sesiones semanales y así sustentar, sostener la Nación. Cuando hablo de sostener, significa no solo en la función económica, sino ritual. Los Jefes deben atender consultas, jogar cartas o buzios, realizar trabajos y de esa forma sustentar su casa de culto. Hermanos de la Ley Blanca (Umbanda) nos preguntan a diario el porqué de las ceremonias o Axés tan costosos. Este punto incompatible nos haría llegar a una polémica sin fin. Sí, es de apreciar la falta de conocimiento sobre la práctica de un sacerdocio en algunos sectores. Muchos hermanos consideran que si no se logró la jefatura en la Umbanda no se es Pai o Mae de Santo. En la Umbanda el mayor rango que se obtiene es el de Cacique (cuando ha sido consagrado y coronado su guía, cuando el filho ha pasado por todas sus obligaciones). Se los llama Pai o Mae como una forma cariñosa y sutil. La Nación lleva luego de ciertos procedimientos (no estipulados en tiempo) a que un filho de santo reciba sus axés, y el grado máximo de Babalorixá (en el hombre) y Yalorixá (en la mujer). El tiempo y modo de las obligaciones quedan supeditadas a las decisiones de cada Orixá, de acuerdo a la Nación que se practique, a través del jogo de buzios, o por diversas situaciones de vida es que el Orixá marca el tipo de ritual y sacrificios. El batuque, la nación está en crisis. La tradición muere de a poco por excesos de autosuficiencia, de ignorancia, por falta de ética a cumplir determinados cánones; por el egocentrismo de los jefes y filhos de santo, y porque los tiempos van cambiando... Sé que no es fácil mantener viva la esencia del Batuque, pero si realmente existe la voluntad, el adquirir conocimientos sin perder las idiosincrasias, el Batuque no muere... A todos mis hermanos en la ley misma del batuque, apelo a vuestra conciencia en defender y cuidar el patrimonio tan exquisito que nos legaron nuestros ancestros con tanto dolor, sangre y humillación soportada. Este es el mejor y más noble tributo a ellos y a nuestros Orixás.-

Asé O ...
Òkerè àse sú o...
“Persevera, insiste hasta llegar lejos...”(reza de Yemoja)_________________________________________________________________________Todos los derechos a Iyalorishá Indiana de Yemanja Bomi 11/09/2003

CAPILLA DE LOS MORENOS


"LA CAPILLA DE LOS MORENOS"
LUGAR HISTORICO NACIONAL
(decreto 5674 de 1962)
El tiempo cercenaba como un enorme cuchillo afilado el camino a transitar. Había una necesidad interna e inquietante que debía llevar a cabo para incluir en este libro dedicado a la Comunidad de Afrodescendientes y afroreligiosos americanos: conocer e investigar sobre la Capilla de los Morenos en la Ciudad de Chascomús, situada en la Provincia de Buenos Aires (Argentina). Su historia y permanencia en este siglo, gracias a los Chascomunenses pero mucho más a la Familia Luis, afrodescendientes que continúan _entre generaciones_ cuidando el templo que otrora don José Antonio Silva, presidente de la Nueva Hermandad de Morenos, fundara gracias a la donación de un solar cedido por el municipio de Chascomús en el año 1862.-Una mañana de septiembre del año 2005 pude concretar esa visita postergada. Llegue, cerca del mediodía a las calles Lamadrid y Venezuela y allí, sobre un madero un cartel "CAPILLA DE LOS NEGROS lugar Histórico Nacional" me indicaba que había llegado al punto más deseado. En el solar, se construyó el templo de 16 metros de largo por 5 de ancho, que consta de paredes de ladrillos, pintadas de blanco, un techo de chapas a dos aguas (antiguamente de paja) y el piso de tierra.La historia cuenta que en ese lugar se refugiaron los heridos que combatieron contra Prudencio Rosas. A pocos metros se encuentra un monolito donde se guardan las cenizas de aquellos hombres que dejaron sus vidas en la batalla de Chascomús: los "Libres del Sur". Funcionó como lazareto o casa del socorro durante las epidemias fiebre amarilla, cólera y viruela que azotaron a todo el pueblo.El frente mantiene el viejo estilo colonial. Un débil cerco y una puertita de alambrado cuidado, dividen el predio. Al ingresar recorrí todo el templo por fuera acariciando cada pared como un bello y ansiado tesoro. Una bandera Argentina estaba flameando en un mástil hacia el frente izquierdo y sobre la pared del frente, al lado del portón, una placa cuya inscripción recuerda a "Doña Eloísa G. De Luis".Sobre el césped otra placa con el siguiente encabezamiento:CAPILLA DE LOS NEGROSReliquia histórica de la Hermandad de los Morenos. El solar fue donado en 1862 por la Corporación Municipal para depósito de sus objetos festivos y religiosos, transformándose luego en capilla. Sirvió además como lazareto en las epidemias de cólera, fiebre amarilla y viruela en el siglo pasado. Homenaje en el Bicentenario de Chascomús 1778 -1978Sobre la misma pared, hacia su lado derecho, otra placa de mármol con la siguiente inscripción:

"CAPILLA DE LOS NEGROS FUE DERRIBADA POR EL CICLON DEL 7 DE ABRIL DE 1950. LA MUNICIPALIDAD, EL REINO DE LA AMISTAD, VECINDARIO, LA REPARAN PARA MANTENER EL ACERVO TRADICIONAL DE ESTE PUEBLO CHASCOMÚS, 16 DE NOVIEMBRE DE 1950 AÑO DEL LIBERTADOR SAN MARTÍN"

Abro cuidadosamente la vieja puerta de madera pintada en color verde. Desde allí observo el ambiente lúgubre donde resaltan viejas fotos y estampitas de santos católicos. Una gran cruz, cuidadosamente centrada en la pared del fondo. Hacia el lado derecho hay otra puerta y hacia la izquierda el pequeño altar con entablado de madera cubierto con un mantel blanco donde posan imágenes de santos católicos y algunos rosarios y flores artificiales. Me dejo llevar por el olor a humedad, un aroma distinto, diferente... Quizá es el efluvio de las ánimas custodias que intentan vincularse con los mortales y de este modo hacen sentir su permanencia en el lugar. Allí se alberga la historia de un pueblo agradecido a la "Hermandad de Morenos Bayombe de Invenza", a su loable calidad humana y la alegría que estos negros _otrora_ entregaron a toda la comunidad chascomunense.Sobre una mesita sin lustre y con signos de desgaste y polvo acumulado, unos viejos cuadernos permanecen como testimonio de los visitantes que se acercan a contemplarla. Está adornada con flores de tela y plástico, pequeñas imágenes y estampitas finamente acomodadas. En una pared lateral, hay una ventana con unos delicados visillos blancos que dejan penetrar la luz del sol, mientras proyecta una corona especial a un gran retrato de doña Eloísa que posa serenamente en un pequeño sagrario. Un cartel improvisado de cartón pende de un clavo entre las imágenes de San Cayetano y Ceferino Namuncurá y cuya inscripción: "...COOPERE PARA SU MANTENIMIENTO", letra, que seguramente, debe pertenecer al último descendiente de Doña Eloísa, su hijo LUIS.Por una pared interna del frente, hacia el lado izquierdo de la puerta, encontré una pequeña foto, colocada al paso. No tenía marco y se encontraba algo deteriorada por el tiempo. Debo confesar que mi emoción fue inmensa porque comprendí que la "Saudosa" Gladys Mallorca, sacerdotisa del Candomblé de Këto y quien fuera en vida Presidente del Ilë Asé Osun Doyo en Villa Tesei, Provincia de Buenos Aires, merece el privilegio de ser recordada en el cuasi único monumento o templo cuya posesión fuera de esos morenos bonaerenses. Un lugar que le pertenece.Espacio que ha ganado a través del trabajo incansable por la religión afro y para brindar, a través de su corta pero fructífera vida, un Templo modelo en la República Argentina donde funciona el "Instituto de Estudios Históricos Osun Doyo".Gladys hace tiempo abandonó este Aiyé y nos dejó su hermoso legado. Bendecida por los Orixás y por su Mae Oxum, subió al Orúm. Ahora, en otro plano, está con nuestros ancestros, entre esas ánimas celosas y guardianas a las que hoy en día, los religiosos afroamericanos reverenciamos.Continué mi pequeña recorrida por el viejo templo. Me senté en unos de los bancos de madera y debajo una gran alfombra verde, desgastada, dejaba ver el piso de tierra. Me entregué a la reflexión y con los ojos cerrados mi imaginario jugó con sensaciones, aromas y presencias que me transportaban a otra dimensión. Estaba en paz. Me sentí contenida y acompañada por esos espíritus que en silencio, me alentaban a continuar mi búsqueda. Tuve la sensación que mis fibras más íntimas percibían los hechos pasados, plasmados en cada rincón del viejo templo, que, otrora, abrigara las esperanzas en el canto y el dolor de aquellos y muchos otros negros. Cada plegaria ascendió al Orúm, pero aún el viejo templo acuna en sus entrañas el eco quejumbroso de sus historias entre sus muros y santos.Depositarios de la Capilla de los MorenosRosa GorostiazuLuciano soler o Alsina muere en 1890Etelvina Soler de González (hija de Luciano) Madre de doña EloísaGuillermina Eloísa González Soler (doña eloísa)- 14-11-1990Leticia (hija de Doña Eloísa, fallecida)Luis (actual cuidador)Don LUIS: celador de su cultura y sus ancestrosUna breve conversación con Luis me ilustra sobre su madre, la capilla y de un pueblo que no admite cambios en su estructura socio-cultural. La aceptación y el reconocimiento de los lugareños hacia los "Morenos Bayombé de Invenza". Los recuerdos de este hombre afrodescendiente que mora en el lugar acompañado de santos y el recuerdo a sus muertos.Al preguntarle sobre su vida, su infancia, pasó a contarme que Doña Eloísa no era una mujer que hablara mucho con sus hijos. Eran 10 hermanos. Su padre era un español que con sus propias manos construyó la casita de madera y chapas donde vivió junto a su familia en la parte posterior del templo y ayudó al mantenimiento del mismo.Al preguntarle por las costumbres de su madre, me comentó que la recordaba como una mujer muy agradable, cariñosa y a la vez severa con sus decisiones. Que cuando los mayores se juntaban ellos (los niños) quedaban en un cuarto separado. "... No hablaba mucho con nosotros porque en esa época era así..." _dice Luis. "...ayudaba a mi padre en todo y a los vecinos. La que más sabía de esta historia era mi hermana Leticia, que al irse mamá, ella quedó a cargo, pero al poco tiempo también falleció. Así es como yo soy el último en cuidar este templo. Mamá aquí siempre fue muy querida y estaba dispuesta a contarle a todo visitante la historia de la Capilla .." (Sus ojos estaban llorosos. La mirada perdida indicaba la necesidad de capturar la imagen de su madre y con ello, sus recuerdos, su infancia, ante esto su voz se quebraba).Don Luis es un personaje moreno, alto, cabello encanecido, de manos rudas, andar cadencioso. Todavía lo recuerdo parado sobre un caminito de cemento entre plantas y árboles bajo un cielo diáfano donde el graznido de los pájaros eran únicos testigos de este encuentro.Desde hace más de dos siglos los carnavales en Chascomús fueron coronados con el candombe y los desfrenados tambores que los morenos del lugar hacían redoblar entre luces, colores, cantos y una danza increíble que contagiaba a los concurrentes. Los autores: "Los Negros Alegres" cuyo fundador fue Luciano Alsina, abuelo de aquella morena que otrora se luciera con su danza por las calles chascomuneneses y que a lo largo de casi un siglo mantuviera este ritual carnestolengo: Eloísa González de Luis. Cuenta el escritor Alejandro Isusi, que "... a la hora de la siesta salía la comparsa de los "Negros Alegres" metiendo batuque por las calles pacíficas, con sus estandartes de colores chillones, sus alaridos, sus músicas y coros..."Estábamos con Luis ese mediodía conversando sobre su vida. Escuchaba absorta y muy emocionada. Me contó sobre el día que el ciclón derribó parte de la capilla, su madre lloró muchísimo y los vecinos comenzaron a acercarse para consolarla y luego formaron una comisión y junto con el municipio ayudaron a reparar la capillita. Dice Luis: "...ayudo en lo que puedo. Trato que todo esté en orden, que todos se vayan conformes y que los santos, mi madre y mis abuelos estén en paz...".Terminamos nuestra conversación, un fuerte apretón de manos selló una despedida con una promesa de retorno hacia la morada de los últimos esclavos y afrodescendientes que poblaran la ciudad desde los finales del siglo XVIII.-

Texto extraído del Libro:
"Lágrimas Negras"Breve Historia de la Esclavitud,

sus consecuencias en el Río de la Plata
Autor: Indiana A. Bauer

(Yalorixá Indiana de Yemanjá Bomi)
Derechos Reservados
Año 2007
Buenos Aires - Argentina

viernes, 12 de junio de 2009

Quisiera encontrate...



Quisiera recorrer tus mismos caminos
seguir tus mismos pasos a la luz de la luna.
Deseo tomar la tibia mano que me diste
para no errar y brindarme seguridad.
Fué tu abrazo un refugio para mis nostalgias
que hoy me sumergen a este silencio inquietante.
Escucho el piano, la música me invita a serenar mi alma
y guardar los más puros recuerdos en mi corazón.
No encuentro consuelo y te busco en cada nota
para recobrar la sonrisa que se perdió en el tiempo
pero no en mi memoria...
Indiana Bauer